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OS TREZE MEDICAMENTOS DE CLARKE

Para conhecer a homeopatia é fundamental o conhecimento da matéria médica. E esta é extraordinariamente vasta, mais de um milhar de medicamentos, todos com as suas características, sintomas e modalidades.
Se pretendermos dominar toda a patogenesia de um medicamento com os seus sintomas característicos, importantes e secundários, estaremos votados ao insucesso. Iniciado o estudo de outro, logo a nossa memória desperdiçará parte do adquirido. E a este teriam de seguir-se fatalmente dezenas, se não centenas.
        
John Henry Clarke foi um homeopata de prestígio, autor de uma Matéria Médica em três volumes.
Referiu que o conhecimento da sintomatologia de 13 medicamentos seleccionados, habilitaria o prático a tratar com sucesso a maioria dos casos que encontrasse. Esses medicamentos devem no seu entender ser estudados na seguinte ordem:

  • Sulfur;
  • Calcarea Carbonica;
  • Lycopodium;
  • Arsenicum Album;
  • Thuya;
  • Aconitum;
  • Nux Vomica;
  • Pulsatilla;
  • Silicea;
  • Hepar Sulfur;
  • China;
  • Belladonna;
  • Bryonia.

O estudante de homeopatia tem de começar por algum lado, tem de se arriscar num imenso oceano de sintomas repartidos por inúmeras patogenesias. Por outro lado, a matéria médica tem de ser estudada de modo a que não se assemelhe com uma natureza morta, que da sua leitura resulte o florescimento de um determinado indivíduo de características típicas. É fundamental que na mente de cada um, o medicamento “viva” da forma mais exacta que se possa conceber.
São tantas as dificuldades, para o iniciado, nesta arte e ciência da cura, que a titulo introdutório incluímos treze artigos, correspondentes às treze patogenesias dos medicamentos mencionados por Clarke. Privilegiámos os sintomas mentais, para além dos gerais e locais característicos de cada medicamento.
Não nos olvidemos, no entanto, que esta aproximação não dispensa de modo algum a consulta de matérias médicas de referência – muito em especial a do próprio Clarke –. Por outro lado, Clarke nasceu em 1853 e faleceu em 1931. A análise da importância relativa dos medicamentos tem de ser aferida pela sua época. Por isso, hoje, talvez seja Nux Vomica e não Sulfur o medicamento de eleição, por o encontrarmos com uma enorme frequência no homem moderno.