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CASOS PRÁTICOS

Quando nos começamos a dedicar ao estudo dos Florais, dependendo do nosso espírito de observação, reconheceremos com facilidade pessoas do nosso círculo de familiares e amigos, que personificam um ou mais remédios. O mesmo se diga quando lemos um romance ou assistimos a um filme. Esta prática é de um valor inestimável para todos os que pretendem utilizar ou prescrever os remédios.
Transcrevemos a seguir alguns exemplos do livro “A Cura Pelos Florais de Bach”, da Editora SeteCaminhos.

António, casado, de 43 anos de idade, é gerente de uma pequena empresa. Irrita-se facilmente e prefere executar as suas tarefas  sozinho. No trabalho faz tudo ao seu próprio ritmo, considerando que os seus subordinados não se interessam o suficiente e são demasiado lentos. Come à pressa. Mal começa uma tarefa já a quer ver acabada. Esta atitude deixa-o tenso, inquieto. Por vezes fica agressivo com os trabalhadores e com a própria família, arrependendo-se de imediato. Gostaria de mais tranquilidade na vida.
Temos aqui um caso típico de IMPATIENS.

Berta, viúva de 64 anos, três filhos criados a residirem noutras cidades, vive obcecada pelo que lhes pode acontecer. Está sempre a pensar num acidente de automóvel, num afogamento na praia, numa eventual doença. Quando o telefone toca, corre desesperada antevendo o pior. Tudo isto faz com que esteja sempre ansiosa, tensa.
Temos um caso de RED CHESTNUT.

Carlos, aos 33 anos era um jovem cheio de vida, saudável. Sem saber porquê, iniciou um processo melancólico, com fobias múltiplas associadas. Uma profunda tristeza tomou conta do seu ser e os medos surgiram uns atrás dos outros: medo de ter uma doença incurável, de sair de casa sozinho, da morte, de ter um acidente de automóvel. Este processo desgastou-o ao ponto de tudo o fatigar mentalmente, não obstante cumpra as suas obrigações, ainda que com muita dificuldade.
Temos um caso de prescrição combinada: MUSTARD, MIMULUSHORNBEAM.

Deolinda, 30 anos, tem um casamento insuportável, mas não consegue decidir-se a abandonar o marido que a maltrata física e psicologicamente. Acorda de manhã pensando que o vai fazer, mas logo depois muda de opinião. Tem péssimos pressentimentos, que não consegue explicar e pesadelos que a tornam ansiosa.
É uma pessoa sonhadora, pouco concentrada e fatigada. Passa os seus momentos livres com devaneios e fantasias. Vive um futuro fictício, onde abundará a felicidade e o amor, que relembra ter atingido no fim da sua adolescência, no seu primeiro namoro.
Temos um caso de prescrição combinada: SCLERANTHUS, ASPEN e CLEMATIS.

Esperança, é uma mulher que não vê nada de bom nos outros. Passa os seus dias criticando tudo e todos. É intolerante, irritável, pouco compassiva. Isso faz com que sofra. Gostaria de ter uma outra visão do mundo e dos que a cercam.
Temos um caso típico de BEECH.

Francisco, 18 anos, recebeu a notícia de que é seropositivo. Não consegue comunicá-lo a ninguém, tem medo e vergonha das reacções dos amigos e familiares. Está desesperado. Pensa constantemente no suicídio e considera que nada pode ser feito. No entanto, tem um enorme medo da morte. Não pára de se auto-reprovar. A vida perdeu todo e qualquer significado. Isola-se no quarto, não quer ver ninguém, está completamente exausto, sem forças. O mais pequeno mal-estar leva-o a ter ataques de pânico, com agitação e medo da morte. Tem momentos em que odeia tudo e todos e a sua raiva é tão grande que lhe apetece destruir o mundo.
Para além do RESCUE REMEDY, que deverá ter sempre consigo, temos novamente um caso de prescrição complexa: ROCK ROSE, MIMULUS, GORSE, OLIVE, HOLLY e PINE.

Ilustremos agora, um caso de reavaliação, impondo uma nova prescrição:

Guida, tem 37 anos e é colaboradora voluntária na paróquia do local da sua residência, para além das funções que exerce na fábrica de seu pai, supervisionando todo o processo de controlo de produção. Apesar das actividades a desgastarem, está sempre disponível para acorrer às necessidades dos paroquianos mais carenciados. É extraordinariamente activa, mas sente que as dificuldades são enormes, não obstante evite queixar-se, esperançada na recuperação da sua vitalidade. Apresenta sinais de irritabilidade.
A intensa colaboração e empenhamento na comunidade local, iniciou-se pouco tempo depois de ter perdido a sua mãe, com quem mantinha profundos laços de amizade e um carinho muito especial.
Temos um caso de prescrição combinada: OAK e STAR OF BETHLEHEM.

Algum tempo após o tratamento, passou a organizar mais racionalmente as suas actividades, recuperando energia, deixando de se irritar com facilidade. Aceitou a morte da mãe como algo natural. No entanto, na sequência do tratamento, divorciou-se, fazendo o que já pretendia fazer há alguns anos. Mesmo assim, tal facto, tem-lhe produzido angústia e pensamentos persistentes que não a abandonam, martirizando-a mentalmente e impedindo-a de se concentrar com eficiência no seu trabalho.
Na reavaliação do caso, temos de novo uma prescrição combinada: WALNUT e WHITE CHESTNUT.