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PRESCRIÇÃO E POSOLOGIA

No artigo relativo ao interrogatório referimos quase que exaustivamente o procedimento que o terapeuta deve seguir para poder prescrever em segurança. 

Em síntese, sem pretensões, podemos afirmar que o terapeuta para prescrever – adapte-se com as necessárias precauções aos casos de autoprescrição –  deve:

  • buscar a causa primordial dos sintomas, espontânea ou provocadamente relatados pelo paciente. É possível que existam traumas não resolvidos e que o primeiro medicamento a ser receitado seja Star of Bethlehem, enquanto se aguarda por uma segunda consulta e consequentemente por uma maior confiança e autoconhecimento daquele;
  • provocar o doente à introspecção, instigando-o ao autoconhecimento, que agirá como uma psicoterapia de libertação, o que o irá envolver definitivamente no processo de cura;
  • proceder à hierarquização dos sinais e sintomas patológicos e ainda dos característicos da personalidade do paciente, seleccionando e graduando o conjunto da sintomatologia, o que conduzirá à escolha do remédio ou remédios adequados, em consonância com a Matéria Médica;
  • limitar o número de remédios no mesmo frasco não ultrapassando seis ou sete. De preferência, deverá receitar-se o menor número possível de medicamentos, para acompanhar a evolução da cura, substituindo-os sempre que se alterem os desequilíbrios afectivos. Esta é uma questão que nunca deve ser olvidada; os casos devem ser reavaliados com alguma frequência, já que alguns dos sintomas podem desaparecer, surgindo novos, que impõem inelutavelmente nova prescrição.

PREPARAÇÃO DO REMÉDIO E POSOLOGIA

Do frasco matriz disponível no mercado, são retiradas duas gotas, adicionadas a 30ml de água pura e a uma colher de chá de brandy de boa qualidade, cuja função é a de conservar o remédio. Se este for ministrado a crianças de tenra idade, é aconselhável que não se proceda à adição de qualquer componente alcoólico. Um frasco de tratamento obtido pelo método mencionado tem uma duração de cerca de três semanas.

Se estivermos perante uma prescrição complexa – mais de um remédio –, utilizam-se duas gotas de cada frasco matriz nesse preparado.
Tratando-se do Rescue Remedy, da essência retirará quatro e não duas gotas – ver artigo relativo ao Rescue.

O efeito dos Remédios Florais varia em consonância com a estrutura bio-psicológica do paciente e das circunstâncias ambientais que o envolvem e que com ele interagem.
Em regra, tomam-se quatro gotas, quatro ou mais vezes ao dia, aplicadas sublingualmente ou dissolvidas num copo de água, no período que for considerado adequado, que pode ir de uma semana a alguns meses. Nalguns casos agudos, uma única toma aliviará imediatamente os sintomas.
 
Os remédios podem ser tomados durante anos ou toda a vida, sem quaisquer contra-indicações. No entanto, pode verificar-se um agravamento dos sintomas ou o aparecimento de sintomas antigos – o que é um indício seguro de que o floral está a produzir efeitos benéficos – quando se começam a tomar os remédios ou decorrido que seja algum tempo. Normalmente são estados transitórios, mas tratando-se de sintomas suprimidos que retornam ao nível consciente do sujeito, pode ser útil e até necessária a reavaliação do caso, elaborando-se uma nova prescrição.
Em casos de manifesta urgência, as doses de quatro gotas podem ser ministradas com intervalos de alguns minutos até que ocorram melhoras visíveis. Em casos graves, de meia em meia hora e em todos aqueles em que os sintomas persistem durante muito tempo, de três em três horas ou segundo as necessidades do doente.
Nos pacientes em estado de inconsciência, podemos humedecer-lhes os lábios frequentemente, até que o medicamento faça efeito.
Para crianças, a dosagem é a mesma que para os adultos, mas as gotas devem ser adicionadas ao leite, água, sopa ou sumo de frutas. Tratando-se de bebé de tenra idade, em amamentação, o medicamento escolhido deve ser ministrado à mãe.