Encontrado o Simillimum, há que determinar a:
Nesta matéria, a prática do homeopata é a norma que o deve conduzir e as considerações que se seguem devem tomar-se como meramente indicativas.
Certos homeopatas usam quase que exclusivamente as baixas diluições, outros as altas – em regra os unicistas utilizam as altas diluições: 30 CH e mais –. Neste campo, a experiência individual é que deve ditar as regras, embora existam certas regras básicas que não se podem esquecer:
§ 247 do Organon - A alteração das doses ou da potência nas tomas sucessivas em casos crónicos é fundamental. Explicamos agora, que a cada dose ingerida, o medicamento homeopático vai-se deparar com a força vital, não no seu estado original, mas sim alterada pela acção da dose anterior. Deste modo, uma dose do medicamento dinamicamente similar à anterior, não produzirá efeitos terapêuticos porque a força vital se encontra expectante face a nova potência ou dose. O quadro do paciente poder-se-á deste modo manter ou até mesmo agravar.
Na presença do simillimum, parece que todas as diluições são curativas, no entanto, quanto mais alta a diluição maior a probabilidade de uma cura permanente.
Atente-se que as altas diluições não devem ser ministradas a doentes incuráveis ou hipersensíveis. Os primeiros acabam por depauperar, enquanto os segundos adquirem os sinais patogenésicos do medicamento.
As mulheres e as crianças reagem geralmente bem aos medicamentos, pelo que devemos começar com baixas diluições. O mesmo se diga no que toca aos indivíduos hipersensíveis, propensos a fazer a patogenesia do medicamento ministrado.
Quando a similitude é grande, podem subir-se as diluições, mesmo nos quadros agudos, o que obriga ao espaçamento das doses – ex. 15 ou 30 CH –. Na doença aguda podem preferir-se as baixas diluições ministradas a pequenos intervalos, inversamente proporcionais à intensidade dos sintomas – ex. de 24 em 24 horas; ½ em ½ hora; ¼ em ¼ de hora e até de 5 em 5 minutos –, espaçando-se as doses em função das melhoras. Tratando-se de uma doença aguda ou crónica com similitude muito imperfeita devem utilizar-se baixas diluições – ex.: 5 CH –. De qualquer modo, o conceito de alta e baixa diluição depende, como já foi referido, da experiência clínica do homeopata.
Nas doenças agudas as diluições baixas são tomadas várias vezes por dia.
Nos casos crónicos, podem ministrar-se altas diluições – ex.: 30CH; 200 CH –, aguardando-se que o efeito do remédio termine para eventual repetição – só se repetirá a dose caso os sintomas melhorem ou se mantenham inalteráveis. Caso surjam sintomas acessórios ou o quadro clínico agrave dever-se-á proceder à reavaliação da prescrição – ou então, uma diluição média de modo contínuo, aumentando-se progressivamente a potência ou a dose.
O efeito dos medicamentos homeopáticos no tempo, depende do próprio medicamento, do paciente e da diluição. Pode dizer-se, grosso modo, que em média as doses baixas – até 5 ou 6 CH – têm um efeito de cerca de 4 horas, as médias – 7 CH a 12 CH – de 1 ou mais dias, e as altas – superiores a 15 CH – de uma semana ou mais.
Na perspectiva da Escola Pluralista, em casos agudos – domínio orgânico ou lesional –, recorre-se a baixas diluições (5 ou 6 CH); nos quadros subagudos – domínio funcional – a diluições médias (7 a 9 CH); e nos casos crónicos – muito especialmente na esfera mental – empregam-se as altas diluições (superiores a 15 CH, muito especialmente a 30 CH).
Não há uma definição única classificatória das diluições.
O iniciado na arte de curar homeopática, deve começar por ministrar doses baixas, ou médias, aumentando-as gradualmente em função do acumular da experiência clínica. Deve também estar atento ao facto de que a repetição continuada de uma substância pode gerar uma doença medicamentosa grave – iatrogénica –, cuja única possibilidade de cura ou minimização sintomática é o recurso a substâncias antídotas – podemos referir aqui, o caso de Kent, que se viu obrigado a antidotar continuadamente os efeitos perversos da toma continuada de um medicamento homeopático pela sua terceira mulher –.
Aconselhamos o iniciado na prática homeopática, a começar com baixas diluições, aumentando-as progressivamente.
Assim, encontrado o simillimum ou o medicamento mais apropriado, o tratamento pode iniciar-se com uma dose de 6 CH – a menos propensa a agravamentos, segundo certos autores –, aumentada progressivamente logo que o seu efeito termine, para 12 CH, 15 CH e 30 CH.
Como já foi discutido no artigo referente aos medicamentos, estes podem apresentar-se sob a forma de gotas, grânulos ou glóbulos. Existem ainda as pomadas e os unguentos, estes de fabrico mais recente do que as outras formas medicamentosas.
Os grânulos são ministrados sublingualmente, em regra, três, longe das refeições.
Segundo o grau de dinamização-diluição, o pluralismo preconiza em regra:
É de referir que esta posologia é meramente indicativa e depende de todos os factores acima mencionados.
A dose de glóbulos – existente no mercado com tal denominação – pode ser substituída por 12 grânulos tomados de uma só vez:
As gotas são vertidas sublingualmente, ou dissolvidas em água pura – 1 gota por colher de água – , fazendo-se equivaler a cada glóbulo uma gota.