A resignação é um sintoma muito próprio de Pulsatilla, tal como o facto de gostar de ser consolado. É uma pessoa agradável, gentil e reservada. Silenciosa, doce e suave, com falta de confiança em si. Tem uma grande afeição pela família e pelos amigos.
É desconfiado e tem aversão pelo sexo oposto, com medo da actividade sexual, e isto, independentemente de poder ter desejo.
Tem medo da morte. Pressentimentos nefastos. Ciúme.
Em Pulsatilla é tudo mudável. Há uma marcada variabilidade de humor. Ri e chora alternadamente.
É tímido e muito emotivo. Uma palavra ou expressão que detenha dureza, magoa-o profundamente. Chora por tudo e por nada, mas depressa o conseguimos consolar. Não consegue praticamente falar dos seus padecimentos sem chorar.
Chora durante e depois das regras.
Não consegue dormir durante a tarde. Insónia antes da meia noite. Tem uma imensa dificuldade em acordar de manhã.
Sonha com gatos.
Tem aversão ao calor, desejando ar frio.
Este medicamento é normalmente indicado para a mulher, mas nada obsta, antes se impõe, que pela similitude seja ministrado a homens.
Os sintomas mudam sem cessar e são aparentemente contraditórios. Nada se parece repetir em Pulsatilla. Está bem num momento, para logo depois ficar doente.
Padecimentos que surgiram na puberdade. Quando a paciente diz que a partir daí nunca mais passou bem.
Vertigem com náuseas quando desperta, o que o obriga a deitar-se de novo.
Dores erráticas, que se deslocam de um lado para outro. Surgem repentinamente e desaparecem de forma gradual, geralmente seguidas de calafrios. Quanto maior a dor, mais intenso o calafrio.
Na febre, tem arrepios e calor sem sede. Arrepios num aposento aquecido.
Dores de cabeça por cima dos olhos.
Tendência aos treçolhos.
Otite externa. Otite das crianças.
Boca seca, mas sem sede. A ausência de sede acompanha praticamente todos os padecimentos.
Mau hálito.
O lábio inferior está rachado ao meio.
Deseja alimentos e bebidas frias.
Eructações com gosto a alimentos que ingeriu.
A ingestão de alimentos com gordura, carne de porco e doces de pastelaria provocam-lhe perturbações gástricas.
Dores e peso no estômago cerca de uma hora depois de ter comido. Distensão abdominal que obriga o paciente a desapertar o cinto e as roupas.
Diarreia à noite, aquosa, amarelo esverdeada, depois do paciente ter comido frutos, gelados ou bebidas frias. Diarreia variável; as evacuações nunca são semelhantes.
Diarreia durante e depois das regras.
Fezes cuja aparência difere em consistência e cor.
Coriza com perda do paladar e do olfacto. Arrepios.
Tosse seca de tarde e à noite, quando o doente está deitado, que melhora quando o paciente se senta.
Tosse seca com mucosidades espessas e amarelas.
Palpitações quando deitado do lado direito. Ansiedade e dispneia.
Tem desejos constantes de urinar, especialmente quando deitado.
Incontinência durante a noite.
Regras atrasadas, curtas, pouco abundantes, de sangue escuro.
Leucorreia intermitente. Pára um dia para reaparecer no outro.
Corrimento que se acentua de dia, terminando em geral à noite.
Leucorreia espessa, que parece leite e agrava quando a doente está deitada.
Dores nos membros, de manhã, deitado. O paciente estica-se como forma de aliviar o padecimento.
Reumatismo errático.
Mãos vermelhas, congestionadas.
Varicosidades aparentes.
AGRAVAÇÃO: pelo repouso; no início de um movimento; pelo calor; pelas aplicações quentes; num aposento quente; quando um temporal se aproxima; pressão atmosférica baixa; deitado sobre o lado esquerdo; deitado sobre o lado dorido; pelos alimentos gordurosos e indigestos.
MELHORA: ao ar livre; pelo movimento; pelas aplicações frias.