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PREPARAÇÃO DE ISOPÁTICOS SEGUNDO O MÉTODO DE KORSAKOV

Reproduziremos a seguir, o método explanado por Jean-Marie Danze de produção de diluições korsakovianas.
A Isopatia chama à colação a noção de identidade. Se uma pessoa,  um animal ou até uma planta, estão a ser vitimas da acção tóxica de uma determinada substância, bactéria, vírus, fungo ou parasita, podem ver o seu equilíbrio energético ser restabelecido pela administração do agente causal, diluído e dinamizado.
Jean-Marie foi durante dezassete anos director científico de um laboratório homeopático belga, considerando por via da sua experiência que a preparação de isopáticos na 200 K é a mais eficaz.
“Os laboratórios homeopáticos, em muitos países da Europa, recusam a preparação de isoterápicos de medicamentos alopáticos, pesticidas, vacinas ou de secreções patológicas, etc. Julgamos ser nosso dever explicar a cada um a forma de preparar um isoterápico em 200 K. Esta preparação nada tem de difícil e tal como Korsakov preparava as suas dinamizações no campo de batalha, todos podem produzir uma 200 K de uma determinada substância na cozinha ou mesmo no jardim com a condição de serem respeitadas certas regras simples” – www.delvaux-danze.be.

DILUIÇÕES KORSAKOVIANAS

MATERIAL NECESSÁRIO PARA A PREPARAÇÃO DE UM MEDICAMENTO ISOPÁTICO EM 200 K

  • Alguns frascos conta-gotas novos e secos de 15 ml.
  • 1 seringa nova em plástico, graduada.
  • Conta-gotas ou pipetas descartáveis.
  • Álcool puro a 94º.

Para preparar o álcool a 20%, retiramos 2,2 ml de álcool a 94%, juntando-lhe 7,8 ml de água pura.

  • Um frasco novo e seco de 250 ml.
  • 50 ml misturados de glicerina anidra, álcool puro a 94º (sem agente de desnaturação), água pura (1:1:1 em volumes).
  • 1 tubo em plástico, com tampa e capacidade mínima de 12 ml. Podem utilizar-se os recipientes para colheita de fezes ou de saliva.
  • Uma espátula de madeira ou de plástico.
  • 3 litros de água pura sem cloro, sem tratamento e muito pouco mineralizada.
MODO DE OPERAR

Aferimos um frasco, vertendo no seu interior 10 ml de água pura com recurso à seringa graduada.
Procedemos à sua marcação, por intermédio de um marcador.

PREPARAÇÃO DA DILUIÇÃO INICIAL

Temos primeiramente de avaliar a quantidade de substância a utilizar em função da sua natureza:
Se utilizamos um comprimido ou uma cápsula de determinado produto farmacêutico, tomaremos em linha de conta a quantidade de substância activa contida nesse comprimido ou cápsula. Exemplificando: 20 mg de substância activa para 2 ml de mistura glicerina-álcool-água resultam num extracto de 1%, ou seja, numa 1ª CH – 1ª centesimal hahnemanniana –.
Colocamos o comprimido ou o conteúdo da cápsula no tubo ou recipiente plástico. Esmagamos o produto com o auxílio da espátula nova, recorrendo a algumas gotas de excipiente – nos laboratórios homeopáticos, para as substâncias insolúveis, o método utilizado é o das triturações sucessivas de 1% de substância activa para 99% de lactose, até à 3ª CH. No entanto a experiência tem demonstrado que o “amolecimento” tal como o descrevemos nesta sede, funciona de modo perfeito –.
Com a seringa, juntamos a quantidade necessária da mistura glicerina-álcool-água de modo a obter uma diluição de 1% de produto activo. Agitamos frequente e energicamente o recipiente devidamente tamponado sobre a palma da mão ou sobre uma superfície pouco rígida, tal como a capa de um livro.
Não necessitamos de nos preocupar em demasia com a quantidade real de substância activa que se vai dissolver – critério de solubilidade –. Acima de tudo, o que releva é a activação do solvente – água – pela da dita substância – memória da água –. Imaginemos uma secreção de pus de um abcesso, sangue, saliva ou urina; avaliamos o peso aproximadamente.
Outros exemplos, para utilização do método em veterinária ou na agricultura:

  • Varroas de abelhas – retiramos algumas avaliando o seu peso individual em cerca de 1 mg (20 varroas terão um peso aproximado de 20 mg).
  • Folhas de videira infectadas pelo míldio – colhemos pequenos fragmentos visivelmente afectados pela moléstia avaliando o peso de forma expedita.

Deixamos os produtos a macerar durante uma hora, agitando o recipiente com frequência.
Passamos a dispor da primeira extracção: 1ª CH.

PREPARAÇÃO DAS DINAMIZAÇÕES ATÉ À 200 K

A – Deitamos 4 gotas (cerca de 0,1 ml) do macerado, no frasco graduado em 10 ml.
B – Vertemos água pura até ao traço medida, colocamos a tampa e agitamo-lo algumas vezes – um mínimo de dez – energicamente, batendo com o fundo na palma da mão ou num livro de capa pouco rígida.
Obtemos deste modo a 2ª centesimal korsakoviana (2 K).
C – Destapamos o frasco e esvaziamo-lo. Constatamos que nas suas paredes subsistem algumas gotas, que se irão constituir como base da diluição seguinte. Devemos evitar que o frasco se mantenha em posição de escoamento durante tempo excessivo, devendo ser perfeitamente visíveis resíduos da solução.
D – Repetimos o procedimento explanado em B.
Obtemos deste modo a 3ª K.
E – Repetimos o procedimento explanado em C.
F – Voltamos a repetir o procedimento B.
Obtemos deste modo a 4ª K.
G – Assim sucessivamente até à 196 K.
H – Se o medicamento for preparado sem recurso ao álcool – ver infra “administração da dinamização” –, o procedimento continuará até à 200 K.

Para evitar erros de contagem, inscrevemos entre cada dinamização um traço sobre uma folha de papel, que a cada dez, são atravessados por um mais longo, fazendo-se assim face a eventuais interrupções ou perdas de concentração.

Passamos então a dinamização 196 K para um novo frasco.
Deste retiramos 4 gotas, que vertemos num outro frasco em que deitamos 10 ml de álcool a 20%. Agitamo-lo obtendo um compromisso entre uma 197 CH e uma 197 K. De qualquer modo, vamos considerar estar em presença de uma 197 K.
Esta solução será convenientemente etiquetada – nome da substância de base e dinamização – e conservada como produto de stock.
A partir desta diluição poderemos – se for caso disso – preparar grandes quantidades de 199 K e 200 K.

Para utilização pessoal, prepararemos 10 ml de 198 K.
Para o fazer, deitamos 4 gotas da 197 K num frasco de 15 ml, novo e seco, juntando 10 ml de álcool a 20% e agitamos. Este frasco também deve ser convenientemente etiquetado.

Preparamos da mesma forma a dinamização 199 K.

Chegamos por fim à dinamização 200 K, que preparamos do mesmo modo vertendo 4 gotas da solução 199 K num frasco novo. Juntamos 10 ml de álcool a 20% e agitamos.

A preparação manual de uma 200 K, requer entre uma hora e uma hora e meia, segundo a destreza e prática do operador.

CONSERVAÇÃO DAS DINAMIZAÇÕES KORSAKOVIANAS

Todas as dinamizações homeopáticas devem ser conservadas ao abrigo das radiações electromagnéticas tais como as emitidas pela rede eléctrica – 50/60 Hz –, por telemóveis, antenas, emissores de ondas curtas, televisões, microondas. Quando as radiações são muito intensas podem impregnar a dinamização substituindo-se à sua informação electromagnética própria. Para evitar estes riscos, envolvemos os frascos stock numa folha de alumínio.

ADMINISTRAÇÃO DA DINAMIZAÇÃO

Utilizaremos, verbi gratia, no caso de efeito secundário de medicamentos alopáticos ou de intoxicação por determinada substância, dez gotas de uma 200 K uma vez por dia e durante 4 dias.
Isto não implica a interrupção de qualquer tratamento convencional.
Para administrar esta dinamização a um animal, diluímos 10 gotas num pouco de água pura e ministramo-la por intermédio de uma seringa em plástico sem agulha.

Há animais que não toleram o álcool. Neste caso prepararemos a 200 K com água pura.
Este procedimento também poderá ser utilizado em medicina humana.